As possibilidades de atuação dos bibliotecários nos últimos anos se ampliaram junto aos avanços tecnológicos, que beneficiaram os setores de comunicação e informação. Cada vez mais adaptados aos mercados emergentes, os profissionais utilizam a sua expertise para gerenciar todo o tipo de informação (de livros a dados digitais), um dos motivos para o setor apontar crescimento de 24% na taxa de oferta de empregos formais na Grande São Paulo, entre 2011 e 2015, de acordo com dados do Ministério de Trabalho e Emprego compilados pela Fundação Seade entre 2011 e 2015.
Neste período o aumento da remuneração média mensal dos bibliotecários foi de 31%, chegando a R$ 5.742,00, segundo os Microdados do Censo da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Apesar de a remuneração ser superior a seis salários mínimos e estar acontecendo uma expansão do mercado para bibliotecários, documentalistas e cientistas da informação, ainda é baixo o número de profissionais formados anualmente.
Segundo o Censo da Educação Superior, em 2015, apenas 136 alunos concluíram o curso de Biblioteconomia na Grande São Paulo. No mesmo ano, 256 profissionais de informação foram incorporados ao mercado de trabalho na região. A alta demanda do mercado e o baixo número de profissionais foi identificada por pesquisa realizada no segundo semestre de 2017 pelo Núcleo de Pesquisa da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), que mostrou que 92% dos seus alunos em Biblioteconomia e Ciência da Informação trabalham ou fazem estágio na área.
As empresas estão contratando especialistas em informação que ainda estão na faculdade. “Eu conhecia as possibilidades em User Experience e Arquitetura da Informação, mas não sabia que ao entrar na Biblioteconomia conseguiria trabalhar nessa área de forma tão rápida”, conta a aluna Lucilla Pereira Simonsen, que atua como Information Quality Assurance Intern na Tikal Tech Inteligência Artificial.
Fonte – Exame