Os traços sinuosos e elegantes de Brasília, a cidade planejada e construída a partir de um sonho, amanheceram órfãos nessa quinta-feira. Oscar Niemeyer, o homem de credo revolucionário que se deixava guiar por sua visão incomparável do mundo se despediu, a dez dias de completar seus 105 anos de existência. Sua partida foi sentida em todo o mundo, mas em nenhum outro lugar será tão significativa como na capital do concreto armado, no museu aberto ao céu mais famoso do país. E em que outro lugar haveria de ser, senão no plano alto, entre os paralelos 15º e 20º sonhados por Dom Bosco ainda em 1833.
Niemeyer se eterniza e parte para projetos maiores. Deixa seu legado a todos que voam nos contornos dessa galeria urbana. O CRB-1, em nome de todos os Bibliotecários, deixa aqui sua homenagem e seu agradecimento ao grande mestre.